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7 dicas para seu plano B.

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A foto está aí a cima para provar: ninguém pode acusar o empresário Luís Henrique Ribeiro de acordar tarde para o batente. Ao contrário da maioria dos brasileiros, ele não precisa de despertador digital. Já há alguns anos – oh, bulício ensurdecedor! –, acorda com o canto dos passarinhos que habitam a mata exuberante ao lado de sua casa. Não raro – oh, algazarra incômoda! – é recebido pelos micos que, mansos e curiosos, visitam sua varanda. A primeira tarefa do dia – oh, labuta esfalfante! – é dar um passeio pelo jardim, para checar o estofamento das poltronas espalhadas à sombra dos cajueiros, verificar as redes de algodão macio penduradas nas árvores, aguar e adubar as plantas. Ele não pode esquecer – oh, rotina exigente! – de medir a temperatura da água da piscina. Dependendo do dia – oh, estiva pesada! –, ele tem de conferir se os golfinhos estão a postos. Em manhãs de boa maré, faz isso surfando, sobre a prancha de longboard, que você vê ao lado. Sobra pouco tempo – oh, lida ingrata! – para checar os e-mails à beira-mar, em seu laptop. Antes dessa extensa lista de tarefas, ele toma um café da manhã que inclui tapioca feita na hora, iogurte fresco e geleia confeccionada com ingredientes colhidos no próprio quintal.

Ribeiro não é um bilionário da internet aposentado. Seus dias costumam começar assim, desde que abandonou o emprego numa usina de açúcar e álcool, no interior de São Paulo, e partiu para o Plano B: abrir uma pousada de charme na Praia da Pipa, no litoral do Rio Grande do Norte. O.k., a vida de Ribeiro nem sempre é tão sossegada. Na qualidade de dono de pousada, ele precisa lidar com fornecedores, gerenciar funcionários, administrar os clientes e equilibrar as contas de uma operação dispendiosa e imprevisível. Mas a satisfação compensa. “Realmente, a sensação é que você não está trabalhando”, diz. “Todo dia é fim de semana.”

Ribeiro faz parte da segunda geração de brasileiros que largaram a rotina estressante das grandes cidades e partiram para uma vida mais simples. A primeira onda surgiu nos anos 1960 e 1970, embalada por uma filosofia de inspiração hippie, segundo a qual a fuga do caos das grandes cidades e o desapego eram os caminhos para a plenitude. “Eles enxergaram que a felicidade proporcionada apenas pela aquisição de bens materiais era falsa”, diz Samuel Alexander, professor da Universidade de Melbourne, na Austrália, e presidente de um centro de pesquisas chamado, significativamente, de Instituto da Simplicidade. No Brasil, em troca da liberdade e da vida em meio à natureza, esses aventureiros abriam mão do conforto e migravam para lugarejos então pacatos, como Visconde de Mauá, no Rio de Janeiro, Canoa Quebrada, no Ceará, Trancoso, na Bahia, ou São Tomé das Letras, em Minas Gerais. A segunda onda de descompressão, dos anos 1980 e 1990 em diante, é diferente. São famílias que buscam a paz do campo ou da praia, mas sem abrir mão do conforto. Elas querem reconstruir a vida em bases diferentes, aprendendo uma nova profissão. É uma geração mais pragmática que ideológica, com escolhas mais individuais que coletivas. “Há uma reflexão comum quando se assume esta decisão: ou procuro outra forma de viver ou vou morrer cedo e estressado”, afirma José Roberto Marques, presidente do Instituto Brasileiro de Coaching (IBC).

Apesar dos atrativos, a virada rumo ao Plano B é repleta de desafios. Encontrar coragem para largar tudo o que você construiu e abrir mão de alguns benefícios materiais é só o primeiro. Durante a fase de consolidação da nova vida, você pode não se adaptar. Sua família pode desistir. Você será assombrado pela solidão ou dificuldades diante do novo ambiente. E o dinheiro pode ficar curto. Ouvimos os depoimentos de pessoas que realizaram essa travessia com sucesso. A partir de suas histórias, elaboramos sete dicas essenciais para quem deseja obter sucesso em seu Plano B.

 

1 - NÃO TENHA MEDO DE ARRISCAR

2 - MANTENHA O EQUILÍBRIO FINANCEIRO

3 - REINVISTA BOA PARTE DO LUCRO EM SEU NEGÓCIO

4 - COMBINE A PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NA AVENTURA

5 - PREPARE-SE PARA SE SENTIR ESTRANGEIRO EM SEU PRÓPRIO PAÍS

6 - PENSE EM ABRIR MÃO DE CONFORTOS MATERIAIS

7 - NÃO DEIXE O ESTRESSE VOLTAR

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