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As mulheres nas Olimpíadas

O barão de Coubertin, criador dos Jogos Olímpicos da era moderna, era contra a presença de mulheres nas disputas. Mas havia uma grande pressão por parte das feministas, cada vez mais atuantes. Em 1900, elas eram seis corajosas tenistas e cinco golfistas, que enfrentaram as recusas dos organizadores. Para acalmar a fúria destas precursoras, foi montada uma espécie de torneio paralelo. Em 1920, inscreveram-se 63 mulheres nos Jogos da Antuérpia. Elas já somavam 136 em 1924.

Logo na abertura dos Jogos de Amsterdã, em 1928, o barão subiu à tribuna e pediu demissão do cargo de presidente de honra do Comitê Olímpico Internacional. No discurso, ele acusou seus seguidores de haverem "traído o ideal olímpico, permitindo a presença de mulheres".

Na Olimpíada de Sidney, em 2000, o Brasil teve a maior delegação de atletas mulheres da história do país. Participaram dos jogos 94 mulheres, o que representa 46% do total de esportistas.

Abaixo história de uma das brasileiras que abriu caminhos:

Jogos Olímpicos de 1964. A carioca Aída dos Santos chega a cidade de Tóquio como a única integrante da delegação brasileira de atletismo, vaga garantida com o índice de 1.65 m conquistado no salto em altura. Sem técnico ou material adequado, a atleta observando suas concorrentes cercadas de cuidados, com psicólogos, treinadores e fisioterapeutas, torce o pé, mas mesmo assim, alcança a marca de 1.70 m. Garantida em as melhores do mundo, Aída supera a dor e a emoção, passa o sarrafo a 1.74 m e termina a competição em quarto lugar. Pela primeira vez na história dos Jogos Olímpicos, uma brasileira fica a milímetros do pódium.

Aída dos Santos

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