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Sexo tântrico: horas de relação, com orgasmos e sem ejacular.

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- Qual a principal diferença entre o sexo comum e o sexo tântrico?
A mulher é personagem central no sexo, a deusa personificada. Ela não é submissa ao homem, como na nossa sociedade, mas adorada e reverenciada. Por isso, consideramos que a ejaculação precoce não tem a ver com o tempo em que o homem demora a gozar, mas quando ele chega ao clímax antes de ter proporcionado orgasmo para a mulher.

- Ou seja, ele precisa aprender a segurar a ejaculação sempre?
Sim. E ele nem precisa ejacular de fato, assim pode ter vários orgasmos na mesma relação.

- E não doi acumular sêmen por tanto tempo?
No início do treinamento, doi. Depois, com as técnicas do tantra, o corpo acostuma. Ejacular significa perder energia, assim como menstruar. O organismo só precisa  produzir semen quando gasto, o que é raro. Mulheres com anemia e depressão poderiam se sentir melhor se praticassem para interromper o ciclo menstrual com exercícios práticos e meditação. É importante ter a consciência e o controle do próprio corpo.

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- Por que é prejudicial não ter esse controle?
Por exemplo, na mulher, o orgasmo está muito ligado à contração do períneo. Os músculos dessa região se contraem e dão impulsos elétricos que sobem pela coluna até o cérebro. Se essa musculatura não está forte, ela não gera uma quantidade de energia suficiente para alcançar a mente e despertar a sensação de prazer.

- O orgasmo é mais intenso com essa prática?
Totalmente. Quando o homem ejacula, acabou o ato sexual. Ele fica cansado, “desmaia”. Se aprende a controlar a ejaculação, não se limita a ter um orgasmo por relação. No tantra, o parceiro se excita até chegar ao orgasmo. Então controla a diminuição da excitação, sem parar a transa, e depois a desperta de novo para outros orgasmos. Em vez de durar minutos, o sexo pode levar até seis horas consecutivas. Só depende do preparo físico. E os dois gozam juntos porque, quando o primeiro alcança o clímax, gera uma energia sexual que impulsiona outro a gozar também.

- No sexo tântrico a penetração é o de menos, certo? Ele começa beeeem antes de ficarem nus.
Sim. O sexo começa com o preparo do ambiente, como deixar a luz mais agradável, acender um incenso. Depois, com o cuidado com o corpo: os dois precisam estar limpos e cheirosos. Daí partimos para o carinho, para exercícios de respiração com troca de energias, falamos coisas legais um para o outro, nos preocupamos em nos conectar. Só então passa para a fase de carícias e estimulação sexual, como beijos pelo corpo. Quando a mulher estiver bem excitada e lubrificada, inicia a penetração. Algumas posições são preferenciais, como a mulher por cima. Isso porque ela é considerada a deusa, deve controlar a situação.  Pode até ser que não chegue à penetração, a grande ansiedade das pessoas.

- Como assim?
Pode ser apenas um tempo para o casal, um clima para namorar e ficar juntos. Tirar a ideia do sexo com penetração também tira a pressão sobre as pessoas. A cobrança de cumprir o papel de macho e não brochar, por exemplo. Os problemas e as disfunções sexuais, na maioria das vezes, são emocionais, não orgânicos. Quando passa a encarar o sexo como prazer sem necessariamente penetração, a pessoa fica mais tranquila e relaxada para aproveitar.

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