Mas,
de acordo com pesquisa feita por um grupo de pesquisadores da China e dos
Estados Unidos, tal exposição ao vício ajuda a frear o hábito porque a memória
do vício é corrigida.
Terapeutas
sabem de longa data que expor os viciados ao cheiro da droga, por exemplo, sem
expô-los aos efeitos delas, pode enfraquecer a associação entre vício e
viciado.
Mas
esse é um reparo de curto prazo, pois os desejos retornam. Mas agora pesquisas
mostram que a memória pode ser alterada mais permanentemente, se reparada
antes.
“É
como abrir um documento no computador, fazer algumas alterações e salvar”,
comenta David Epstein, do Instituto Nacional de Abuso de Drogas, nos Estados
Unidos.
Treinamento
Para
aferir se essa abordagem poderia ser utilizada como terapia, Epstein e Yan-Xue
Xue, da Universidade de Peking, em Beijing, na China, ensinaram pessoas
hospitalizadas, que estavam se recuperando do vício em heroína, como reparar
suas memórias através de vídeos que mostravam a droga.
Depois,
os participantes do experimento receberam heroína falsa e utensílios comumente
relacionados à heroína. E foram questionados sobre seus desejos de consumo da
droga antes e depois da exposição.
Para
medições mais corretas, foram monitorados o batimento cardíaco e a pressão
sanguínea dos pacientes durante todo o experimento.
Segundo
os pesquisadores, os pacientes tiveram seus desejos reduzidos, depois de testes
de 1, 30 e 180 dias. Aqueles que não tiveram suas memórias preparadas para o
experimento não tiveram melhoras nos desejos.
Da cocaína ao estresse
Os
resultados foram similares para ratos viciados em cocaína ou heroína, que
também pararam de procurar as drogas depois dos treinamentos.
De
acordo com Epstein, a descoberta é promissora, mas precisa de mais estudos
complementares para que os pesquisadores possam entender como as pessoas
responderão ao tratamento quando voltarem às suas casas.
[NewScientist]
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